sábado, 21 de setembro de 2013

Deserdados, Gritando HC e Cólera


Deserdados, Gritando HC   e   Cólera

Hangar 110   -    14/9/2013


DESERDADOS

Em 1994, Danone (Leandro) e Jamaica (Edilson), então membros da banda Taquicardia, conhecem Lambão (Renato) que vai a alguns ensaios desta banda, tornando-se amigo dos integrantes. Danone (baixista) e Jamaica (baterista) continuam na Taquicardia até janeiro de 1995, quando decidem deixá-la e, juntamente com Lambão na guitarra e Alemão (Oziel) nos vocais, formam uma nova banda de Punk Rock. Faltava um nome para o grupo, e Danone sugeriu o de um projeto de banda que ele tinha há alguns anos antes. Todos gostam do nome e os DEZERDADOS começam a ensaiar na garagem da casa do baixista, no Jardim Iguatemi, zona leste da cidade de São Paulo. Nessa época, os quatro integrantes moram no mesmo bairro, o que possibilita a freqüência dos ensaios e ajuda muito na criação das músicas. Pouco tempo depois resolvem mudar a forma de escrever o nome da banda: DESERDADOS. Com alguns meses de existência gravam uma demo em fita cassete para começar a divulgação de suas músicas. As letras, de forma geral, abordam temas do cotidiano na cidade, o desemprego, a violência nas ruas, o desejo de mudança, de liberdade. Nessa primeira demo, intitulada “Grito de Revolta”,  estão músicas como: Em Nome da Lei, Hostilidade Militar (com uma base totalmente diferente da que foi gravada no CD “Mau Exemplo?...”) e 3º Mundo (que era uma versão de uma música da banda The Adicts). A produção da demo não fica boa, mas mesmo assim conseguem os primeiros shows. A primeira apresentação ao vivo ocorre na zona norte de São Paulo. Neste show dividem palco com as bandas Invasores de Cérebros, Indigesto, Não Nascidos e Diagnóstico Social. Alguns meses depois, conseguem participar da abertura de um show da banda Inocentes, juntamente com Lixo Suburbano e DZK. Já no começo, a banda mostra uma grande influência do punk rock do final da década de 70 e início dos 80, inclusive tocando em seus shows músicas de bandas como Stiff Little Fingers, X-Ray Spex, Anti-Nowhere League, Clash e Adicts, o que era pouco feito na época. Isso gera uma simpatia por parte de muitas pessoas que iam aos shows e gostam de bandas deste estilo. Todavia, os Deserdados dão mais importância às músicas próprias. O reggae e o ska também são influências marcantes, mas na época ainda faltava certa ‘técnica’ para fazer músicas em tais ritmos.
Nessa época, os shows mais freqüentes acontecem na zona sul e leste da cidade de São Paulo, em Mogi das Cruzes, Taubaté, Pindamonhangaba e no ABC Paulista. O primeiro show fora do Estado de São Paulo acontece em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, após uma viagem longa e cansativa em um ônibus torto, que só possuía alguns bancos, e em que estavam amontoadas dezenas de pessoas, as bagagens, os instrumentos, garrafas, latas, etc...
Em 1996, é criado o coletivo anarquista “O Motim” ao qual fazem parte principalmente jovens do Jardim Iguatemi, Cidade Tiradentes e Mogi das Cruzes, além dos integrantes da banda. Muitos dos encontros desse coletivo são realizados na Praça do Jardim Iguatemi, próximo ao local de ensaio dos Deserdados. Nessa praça, acontecem os primeiros shows da banda em seu próprio bairro. Estes shows são ao ar livre e por lá também se apresentam bandas como a extinta Rhinoceros, Suicidas do Subúrbio (que deu origem a atual Colisão Social), e bandas de Mogi das Cruzes.
São convidados a participar da coletânea em CD “SP PUNK Vol. 1”, organizada pela Desculpe Aturá-los Records. As músicas escolhidas foram Punk Até A Morte  e  Eu Não Quero Mais. Essa coletânea, bem como os outros volumes da mesma, dá um grande impulso ao Punk Rock paulistano nos anos 90, estimulando muitas pessoas a formarem bandas, e outras que estavam inativas há anos, voltarem a tocar. Este CD é responsável pelo primeiro contato dos Deserdados com a mídia (revistas especializadas em Rock, rádio, etc).
Ainda em meados de 1996 a banda firma seu estilo. Todos da banda preferem o Punk Rock ‘old school’ e isso fica explícito nas músicas que estavam fazendo. Em 1997 partem para a gravação de mais uma fita demo, desta vez com cinco músicas. 1977, Normas, Deixem-Me Em Paz, 3º Mundo e Humilhação são gravadas no Estúdio Da Tribo, então localizado no bairro do Tatuapé. Essa demo, chamada simplesmente de “Deserdados”, foi muito bem comentada por revistas e fanzines, e os shows ficaram cada vez mais freqüentes, dentro e fora do Estado de São Paulo.
A banda, desde o início, opta por não se prender as ditas “panelas”, pois acham que essa é a melhor forma de conseguir shows em diversos lugares e para um público variado. No entanto ainda existem muitas barreiras, principalmente pelo fato de não ter um CD próprio. Apresentaram-se no festival “20 anos do Movimento Punk no Brasil” realizado em  Santo André/SP, dividindo o palco com bandas como Cólera, Subviventes e Invasores de Cérebros.
Entram no ano de 1998 com planos de gravar uma nova demo. É um ano em que se apresentaram muitas vezes no ABC paulista, principalmente em Santo André e em São Bernardo do Campo, na extinta casa de shows Planeta Rock.
No último dia desse ano, gravam no Estúdio Cameratti, em Santo André, as primeiras três músicas para a citada nova demo. São elas Rotina De Um Escravo, Destruidores e Distante Da Nossa Realidade.
Em 1999, o Planeta Rock e o Hangar 110 - este em São Paulo - são passagem obrigatória para a maioria das bandas estrangeiras de Punk Rock e Hardcore que aterrizavam no Brasil. No começo desse ano, a banda Subviventes convida FDS, Invasores de Cérebros e Deserdados para abrirem um dos shows da turnê da banda inglesa The Varukers, no Planeta Rock. Esse seria o último show com Alemão nos vocais dos Deserdados. Seguem como um trio, com Lambão assumindo os vocais. Uma coletânea beneficente em CD é lançada pelo selo independente ROTHENESS RECORDS, na qual participam com a música 1977. A coletânea é chamada de “NOISE FOR DEAF Vol.1” e a renda é doada à uma instituição que cuida de crianças com problemas de audição em São Paulo. Nessa ocasião, os Deserdados eram a única banda de Punk Rock da compilação, sendo que as demais seguiam estilos como o Grindcore, o Crust, o Crossover... Isso prova que não se importam de tocar com bandas de estilos diferentes, inclusive fora da cena Punk/HC. Novamente entram em estúdio para gravar mais uma parte do que seria a nova demo. São as músicas Não Há Chances, Lavagem Cerebral, Brasil e Yo Quiero Ser Libre.
No mesmo ano, participam de outra coletânea em CD (PUNK ROMPENDO FRONTEIRAS), que reúne bandas do Brasil, Argentina, Peru e Bolívia. As músicas escolhidas são: Não Há Chances e Yo Quiero Ser Libre.
A idéia de lançar uma nova demo muda para a de lançar o primeiro CD solo da banda. Porém precisam de mais músicas gravadas, o que fazem no início de 2000. Em tempo record gravam, mais uma vez no Estúdio Da Tribo, as músicas que completam o CD: Rock de Combate, Inferno Cinza, 1977, Humilhação, Punk Até A Morte e 3º Mundo.  “REVOLUÇÃO, AGORA!” é o primeiro CD, lançado em agosto de 2000, depois de mais de 5 anos de estrada. O trabalho tem boa aceitação por parte do público, fanzines e revistas, inclusive internacionais. Com apenas alguns meses com o CD nas lojas, são convidados para uma entrevista no zine Antimidia de Nenê Altro, um antigo amigo. Esse os convida para lançarem o próximo trabalho pelo seu selo, Teenager in a Box.
Em 2001, Basinha (Thiago) entra para a banda, para fazer a segunda guitarra, ficando por aproximadamente seis meses. Os shows com bandas de fora ficam mais freqüentes. Entre 2001 e 2002, no Hangar 110, participam da abertura dos shows das bandas Rasta Knast(Alemanha), Varukers e Lurkers(UK). Em Campinas tocaram com os finlandeses do RiistetytMarcam presença também nos grandes festivais underground que acontecem em São Paulo: 1º Festival SP Punk, A Um Passo do Fim do Mundo, Rock em Sampa,  Da Tribo Rock Festival, e O Fim do Mundo. Em meio a tudo isso, entram em estúdio novamente, para a gravação do segundo CD. Algumas músicas são velhas conhecidas do público e outras inéditas. São elas Hostilidade Militar, Normas, Fanzine, Assim É A História, Mau Exemplo, Deixem-Me Em Paz, Bomba, Agora É A Nossa Vez, Em Nome Da Lei, Vivendo Nas Ruas, Eu Não Quero Mais, Falha Mortal e O Racismo Não Deve Existir. Este segundo trabalho solo da banda é lançado em dezembro de 2002 e seu título é “MAU EXEMPLO?...”.               
Em 2003, entra para a banda Celo (Marcelo), como segundo guitarrista. Passam esse ano fazendo vários shows para a divulgação do segundo CD. Entre 2004 e 2007 permaneceram fazendo shows nos mais diversos lugares, porém mais esporádicos, por motivos pessoais dos integrantes da banda. Mesmo afastados dos estúdios de gravação, continuaram preparando músicas para um novo CD. Em 2007 são convidados para abrir um dos shows da banda norte-americana The Casualties. No início de 2008, Danone decide deixar a banda, por motivos pessoais. Celo, até então guitarrista, assume o baixo e a banda volta a ser um trio.
Com essa formação trabalham músicas novas que farão parte do novo disco, ainda sem título.









































Gritando HC
Gritando HC foi formado oficialmente em 1995, mas desde 1992 já estavam criando os primeiros acordes nas garagens dos amigos, como já é de fato uma tradição das bandas vinculadas ao mundo do Rock, com o inspirador principal Donald junto com a Lê e algum tempo depois o Ritchie, baixista da banda. Sempre em busca de seus ideais e lutando contra as dificuldades habituais de uma banda independente, mas nunca deixando essas dificuldades abater, muito contrário disso, as dificuldades sempre foram vistas como superação e cada vez mais o Gritando HC se fortificava e com muita personalidade foram marcando e registrando a sua história no underground paulistano, o resultado da dedicação do Gritando HC foram as quase 1000 demo-tapes vendidas.
O som do Gritando HC resgata o peso e a energia do Hardcore europeu e nacional do anos 1980, aliado a vitalidade e melodia do Hard Core americano, com letras que vão da apologia ao Skate, baladas, aspectos socio-políticos e tudo mais que merece um grito de protesto. Desde suas primeiras apresentações em Abril de 1996, é comum para o Gritando HC, casas lotadas com público vibrante e cheio de energia. Com aproximadamente 1000 Demo-Tapes vendidas até Setembro de 1997, com boa aceitação até mesmo na Europa, o Gritando HC lançou seu primeiro CD independente, semi ao vivo, em Dezembro de 1997, agora reeditado pela Voiceprint.


Donald - vocal (faleceu)
Renato Fonseca - guitarra (Lobotomia)
Fábio - bateria
Edgar Avian - bateria (Supla)
Eduardo - bateria (La Cruz) (faleceu)
Amauri - Guitarra
Integrantes
Lê - vocal
Dio - guitarra e vocal
Ritchie - baixo e vocal
Tony – bateria


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
























































CÓLERA


Integrantes
Pierre (Bateria)
Val (Baixo)
Wendel (Voz)
Cacá Saffiotti (Guitarra)

Ex-integrantes
Redson Pozzi (Guitarra e Vocais) †
Fabio Bossi Baixo)
Josué Correia (Baixo)
Helinho (Guitarra)
Anselmo Pessoa (Guitarra)



História
Formada em 1979, pelos irmãos Edson "Redson" Lopes Pozzi (baixo e vocais) e Carlos "Pierre" Lopes Pozzi (bateria) acompanhados de Kinno (vocais) e Hélinho (guitarra), o Cólera se tornaria uma das bandas de maior longevidade no cenário punk brasileiro.
Inicialmente influenciada pelo existencialismo rústico da vila carolina as letras traziam um pouco das idéias do Condutores de Cadáver, banda da qual Hélinho participou. Hélio escrevia versos como "agitação, revolução destruição eu quero ver", algo que na fase madura da banda seria trocado por "Pela Paz em todo o Mundo".
O resgate da produção musical desse período da banda seria feito em 2006 com disco Primeiros Sintomas, do qual Hélinho também participou. Por volta de 1981, Hélio e Kino saem da banda, e entra Valdemir "Val" Pinheiro que assumiu o Baixo, Redson foi para a Guitarra e vocais. A partir daí o Cólera encontrou sua mensagem numa postura pacifista, antimilitarista e ecológica.
Em 1982, participaram da compilação Grito Suburbano , com as bandas Inocentes e Olho Seco.
Nesse mesmo ano, participam do festival O Começo do Fim do Mundo1 no SESC Pompéia em São Paulo, e participam das compilações internacionais em K7 Punk Is... e Hardcore or What? do selo XCentric Noise Records.
Em 1983, Redson cria o selo Estúdios Vermelhos e lança a compilação SUB, que conta com o Cólera, além das bandas Ratos de Porão,Psykóze e Fogo Cruzado. Nesse mesmo ano, participam do álbum-compilação internacional Beating the Meat do selo XCentric Noise Records.
Em 1984, lançam a demo-tape 1.9.9.2..
Em 1985, Redson muda o nome do selo para Ataque Frontal e lança o álbum de estréia do Cólera, Tente Mudar o Amanhã. No mesmo ano o show de lançamento do álbum no Lira Paulistana é gravado, e sai no formato split-LP com a banda Ratos de Porão e o selo também lança a compilação Ataque Sonoro que inclui músicas da banda.
Em 1986, lançam o álbum Pela Paz em Todo Mundo, que foi um recordista de vendas em se tratando de um produção independente: 85 mil cópias1 , e participam da compilação internacionalEmpty Skulls, vol. 2 do selo Fartblossom Enterprizes. Também sai pelo selo Hageland Records, o EP Dê o Fora.
Em 1987, lançam o EP É Natal!!? e tornaram-se a primeira banda de punk rock do Brasil a excursionar pela Europa, num circuito alternativo, pelo underground punk europeu1 , tocando em squats com bandas como a alemã Inferno e a inglesa Disorder, entre outras.
Voltam para o Brasil sem dinheiro e param de lançar seus álbuns independentes. Isso faz com que os próximos álbuns só saiam em 1989, quando foi lançado o álbum ao vivo European Tour '87e o vídeo 20 Minutos de Cólera, ambos com gravações dos shows da turnê européia, lançados pela A. Indie Records. Também é lançado esse ano, o álbum de estúdio Verde, Não Devaste! pelaDevil Discos.1 Durante esse intervalo entre os álbuns fazem diversos shows com a banda brasiliense Plebe Rude.
Em 1992, é lançado o álbum Mundo Mecânico, Mundo Eletrônico1 pela Devil Discos, que conta com a regravação da música "1.9.9.2." do primeiro álbum.
Somente em 1998, foi lançado um novo álbum, Caos Mental Geral.
Em 2000, a banda ficaria em evidência com a regravação da música "Medo" pelo Plebe Rude em seu álbum ao vivo Enquanto a Trégua não Vem, e pela regravação da música "Quanto Vale a Liberdade?" pelos Inocentes em seu álbum O Barulho dos Inocentes.
Em 2002, é lançado o álbum 20 Anos ao Vivo, e em 2004 o álbum de estúdio Deixe a Terra em Paz!.
Em 2006, é lançado o álbum Primeiros Sintomas com gravações de 1979 e 1980. Nesse ano, o baixista Fábio sai da banda, sendo subtituido pelo antigo baixista, Val.
Em 2008, fizeram outra turnê européia, comemorando os 29 anos de banda.
Em 2009, deram início a turnê 30 Anos Sem Parar! pelo Brasil, comemorando os 30 anos de banda.
Na madrugada de 28 de setembro de 2011, por volta das 00:30 hs, foi informada a morte de Redson, que segundo a fotógrafa da banda, Renata Lacerda, faleceu devido à uma hemorragia interna, causada por uma úlcera no estômago.
Em 2012 um ano apos a morte de Rédson, a banda anunciou um novo vocalista e decidiu continuar as atividades. O novo vocal da banda foi assumido por Wendel, amigo de confiança de Rédson Pozzi; o mesmo foi bem aceito e se encaixou perfeitamente de acordo com os antigos parâmetros da banda. A banda assume o mesmo rumo e até data atual não se prevê nenhuma inovação.
Discografia
Álbuns de estúdio
·         1.9.9.2. (K7, 1984)
·         Tente Mudar o Amanhã (LP, 1984, Ataque Frontal)
·         Pela Paz em Todo Mundo (LP, 1986, Ataque Frontal)
·         Verde, Não Devaste! (LP, 1989, Devil Discos)
·         Mundo Mecânico, Mundo Eletrônico (LP, 1991, Devil Discos)
·         Caos Mental Geral (CD, 1998, Devil Discos)
·         Deixe a Terra em Paz! (CD, 2004, Devil Discos)
Álbuns ao vivo
·         split-LP c/Ratos de Porão (LP, 1985, Ataque Frontal)
·         Ao vivo em Joinville (K7, 1987) [Bootleg]
·         European Tour '87 (LP, 1988, A. Indie Records)
·         Ao vivo na Rádio (CD, 2000) [Bootleg]
·         20 Anos ao Vivo (CD, 2002, Devil Discos)
EPs
·         Dê o Fora (7" EP, 1986, Hageland Records)
·         É Natal!!? (12" EP, 1987, Ataque Frontal)
Coletâneas
·         Ataque Frontal (LP, 2000, Order & Progress Records) [Bootleg]
·         Grito Suburbano - The Best of (CD e LP, 2004, Dirty Faces)
·         Primeiros Sintomas (CD, 2006)





























































































































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